A importância do Bootstrapping
Tentando esclarecer um pouco a essência que essa palavra de origem inglesa carrega e as implicações no seu negócio, resolvi escrever um pouquinho a respeito dessa etapa tão comum em startups de tecnologia, que é muito sofrida para os empreendedores e no entanto bem vista pelos investidores.
Num passado não muito distante quando alguém queria abrir um negócio, juntava capital ou fazia um empréstimo, abria as portas e começava a trabalhar; hoje em dia as coisas estão um pouco diferentes, quando alguém fala em ser empreendedor, a primeira coisa que passa pela cabeça é: Ter uma ideia, achar um investidor e ficar milionário num período de tempo ridiculamente curto. Só que na prática não funciona bem assim…
Bootstrapping apesar de ser um termo da moda, é algo que empresários brasileiros na verdade já praticam, traduzindo seria o equivalente à “calçar as próprias botas”, ou numa linguagem bem popular, se virar sozinho. Não existe ajuda externa, principalmente financeira, é o período de investimento dos sócios, seja em tempo ou em pagamento das despesas necessárias para a ideia evoluir até gerar o real interesse de um investidor.
Para os empreendedores é a fase mais difícil, trabalhar sem salário, tirar o dinheiro do próprio bolso pra sustentar a empresa e especialmente fazer muitas coisas tendo pouco ou nenhum recurso.
Já do lado dos investidores, eles gostam de empreendedores que passam por essa fase, porque é uma grande oportunidade de amadurecimento, exercitar a criatividade, aprender a controlar despesas, o que faz com que o empreendedor saiba aproveitar melhor quando os recursos chegarem.
Os nomes mudaram, mas a realidade é a mesma, se você quer ter uma empresa, você vai ter que se preparar para investir nela e esperar um longo tempo para colher os frutos do seu trabalho, isso pode levar alguns meses ou alguns anos, até que sua ideia se transforme num negócio viável ou receba a atenção e especialmente o dinheiro de um investidor.
A dica pra sobreviver ao Bootstrapping é fazer uma boa reserva, controlar os gastos e trabalhar duro para colocar seu produto pra rodar e faturar o quanto antes, assim, além de chegar na próxima etapa mais rápido, a sua startup valerá muito mais em qualquer negociação.
Abraços!
Fabiany Lima é uma orgulhosa mãe de gêmeas e apaixonada por empreendedorismo, formada em Direito com MBA em Marketing e Vendas, foi uma das selecionadas pelo Banco Goldman Sachs a participar do programa da FGV 10.000 mulheres.
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