Boa Noite..
Hoje me atrasei, tava num call bem legal, fruto aqui do blog.
Dando continuidade as entrevistas, nosso convidado da noite é um carioca que está terminando seu MBA nos Estados Unidos, tem mais de uma start-up e fala com muita segurança sobre esse mercado, tanto das necessidades quanto das oportunidades aqui no Brasil. Ele é CEO & Co-founder da empresa Perceptool e Co-Founder da Livo, vamos com tudo?
Talita: Sabemos que profissionais que trabalham em start-ups fazem de tudo, mas qual sua especialidade?
Guilherme: “Você tem toda razão, pra trabalhar em start-up tem que fazer de tudo. Essa é a parte mais divertida do negócio. Eu busco não me especializar em nehuma área específica e aprender o máximo sobre cada aspecto do negócio. Mas eu sinto que tenho muito mais a contribuir na área de operações e planejamento estratégico, pois sou engenheiro e trabalhei por muito tempo em consultoria estratégica.”
Talita: Vi que você é Co-Founder de mais de uma start-up (Livo e a Perceptool), então por favor, me fala um pouco sobre cada uma;
Guilhere: “A Livo é a primeira marca de eyewear brasileira focada exclusivamente no mercado online. Nós vendemos óculos feitos com o mesmo acabamento e material italiano utilizado pelas marcas mais conceituadas do mundo, porém com um valor bem mais acessível. Pra que as pessoas consigam comprar óculos pela internet sem medo de que não fique bom no rosto, a Livo introduziu uma ferramenta de provador virtual 3D que projeta o óculos no seu rosto, e você pode experimentar como se estivesse olhando para um espelho com seus óculos.”
“O Perceptool é uma ferramenta que ajuda as empresas a entederem o que está sendo falado sobre suas marcas nas principais plataformas digitais, principalmente nas redes sociais. Nós coletamos informações valiosas que a ajudam as empresas a desenvolver campanhas de mídia mais eficazes. Apesar de que já existem diversas ferramentas que se propõem a resolver este mesmo problema, o Perceptool vai introduzir uma série de inovações tecnológicas que vão permitir um processamento mais rápido das informações e a geração de análises mais consistentes e com mais conteúdo.”
Talita: Você que já estudou aqui no Brasil e estuda nos EUA, pode nos fazer um paralelo entre o mercado americano e brasileiro de start-ups ligadas a internet?
Guilherme: “Eu acabei de voltar de uma temporada de quatro meses em San Francisco, onde eu tive a chance de conhecer a fundo sobre como opera o mercado de start-ups no Vale do Silicio e entendi exatamente porque as start-ups mais promissoras nascem naquela região. Basicamente, o empreendedor que começa um negócio no Vale tem à sua disposição uma série de recursos que no Brasil ainda são muito escassos. Por exemplo, no Brasil há pouquíssimos angel investors profissionais, fundos de seed investment quase não existem e eu posso contar nos dedos de uma mão os grandes fundos de VC. No Vale, há milhares de angels, uma quantidade enorme de fundos de seed e há uma avenida inteira onde estão concentrados diversos VC’s de primeira linha. Além disto, eles tem muito mais disponibilidade de mão de obra técnica qualificada que está acostumada a ser remunerada com base participação no negócio, enquanto no Brasil ainda não existe essa cultura.”
Talita: Existe um modelo parecido com a do Livo nos USA, como vocês chegaram a definição desse ser o produto/serviço certo para lançar aqui no Brasil?
Guilherme: “Há uma empresa chamada Warby Parker, que vende óculos somente pela internet e que foi uma das start-ups mais bem sucedidas dos últimos dois anos no mercado americano. Apesar de que eles ajudaram a inspirar nosso conceito, a proposta da Livo é bem diferente. A Warby Parker vende óculos “Made in China” e conseguem manter um preço baixo, porém com uma qualidade inferior. A Livo tem um posicionamento mais premium e vende óculos com matéria-prima italiana e fabricação brasileira, o que garante uma qualidade muito superior. Nosso posicionamento de marca também é bem diferenciado e buscamos estimular que as pessoas utilizem seu Livo para expressar suas diferentes personalidades.”
Talita: No seu ponto de vista, o que precisamos aqui no Brasil, para nos consagrar no mercado de start-ups?
Guilherme: “Mais recursos para o empreendedor. Mais gente disposta a investir nesse mercado, mais aceleradoras de alto nível, mais mão de obra técnica com visão de sócio e não empregado, mais estímulos ao empreendedorismo dentro das universidades… Ainda estamos anos-luz atrás do Vale do Silício e empreender no Brasil ainda é um grande desafio.”
Guilherme, muito obrigada pela entrevista, as respostas foram muito válidas para entendermos um pouco mais sobre o mercado de start-ups! Seus projetos são muito interessantes, com certeza vou virar usuária da Livo e como profissional em MKT digital, espero poder usar o Perceptool. Em breve, vou lançar na coluna de novas start-ups um perfil das empresas do Guilherme para vocês conhecerem um pouco mais de como funcionam, modelo de negócios etc.
Por hoje é só :)
Bjs
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